Editora: @darksidebooks
O título deste livro me chamou muito a atenção...
Acreditei que leria sobre fantasmas e assombrações então embarquei nessa leitura com muitas fantasias na cabeça.
Caitlin sempre teve muita curiosidade sobre assuntos relacionados a morte.
No livro ela descreve suas lembranças e experiências em uma casa funerária, onde ela apertava o botão do incinerador e também preparava os corpos para a despedida da família.
Em meio a máquiagens, embalsamamentos e cinzas de bebês, ela fala sobre a morte de maneira natural e descontraída, além de descrever várias crenças em diferentes culturas pelo mundo. O exemplo dos rituais da tribo Wari, me deixaram de boca aberta, eles praticam canibalismo para se livrar dos corpos.
Caitlin deixa claro que nos Estados Unidos, a morte é simplesmente um negócio lucrativo, os corpos são embalsamados mesmo quando vão para cremação, utilizando várias desculpas para convencer a família as casas funerárias enfatizam que o processo precisa ser feito e assim cobram-se mais taxas, transformando tudo em uma indústria milionária.
A autora abre espaço para que possamos perceber o quanto
nos esforçamos para esconder a morte, seja em camas de hospitais, em gavetas de aço, a sete palmos do chão ou em cinzas ao mar.
Caitlin me mostrou um lado inusitado sobre a morte, de maneira mais natural, aceitável e inevitável.
Sim, todos vamos morrer, só nos resta aproveitar ao máximo o tempo que ainda temos.
Citação favorita:
A morte pode parecer destruir o sentido das nossas vidas, mas na verdade ela é a fonte da nossa criatividade. Como disse Kafka: "O sentido da vida é que ela termina."
A morte é o motor que nos mantém em movimento, que nos dá motivação para realizar, aprender, amar e criar. Os filósofos proclamam isso há milhares de anos com a mesmo veemência com que insistimos em ignorar o aviso geração após geração.
Sobre a autora:
Caitlin Doughty é agente funerária, escritora, youtuber e criadora da webserie Ask a Martician.
Leitura concluída em 25 de outubro de 2022.

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